O Brasil está passando por uma transição nutricional. Antes o problema nutricional era a desnutrição, hoje estes números aumentaram muito para os casos de obesidade, sobrepeso, obesidade abdominal, intra abdominal ou central. Nos últimos 50 anos, o Brasil passou por mudanças nos hábitos alimentares, com maior ingestão de alimentos gordurosos, processados, carnes, gorduras e vegetais, bem como um baixo consumo de frutas, legumes e cereais. Estes aspectos, juntamente com um estilo de vida sedentário, contribuíram para uma maior prevalência de obesidade e devido esta alteração transitória com relação a obesidade, o próprio rigor com as prevenções nesta área, deixa mais visível o efeito sanfona de engordar e emagrecer e outras doenças crônicas não transmissíveis, especialmente embora com enfase, na obesidade e osteoporose bem como uma maior deficiência de micronutrientes e altas taxas de mortalidade, especialmente aqueles relacionados à doença cardiovascular. No Brasil apenas 2 a 3% da ingestão total de alimentos correspondem a frutas, legumes e verduras, que são importantes fontes de nutrientes com funções antioxidantes.
Estas porcentagens correspondem a aproximadamente um terço da ingestão recomendados para a prevenção de doenças crônicas não transmissíveis. Antioxidantes são substâncias que, em altas concentrações, retardam ou minimizam a oxidação de substratos oxidáveis. As vitaminas A, C, E, e os minerais zinco e selênio são responsáveis pela menor oxidação celular e molecular. O estresse oxidativo é um distúrbio do estado de equilíbrio do sistema pró-oxidantes / antioxidantes em células intactas, com consequentes danos a lipídeos, proteínas, carboidratos e ácidos nucleicos, levando à morte celular. A ingestão de alimentos ricos em antioxidantes está relacionada a uma menor formação dos radicais livres, prevenindo a ocorrência de doenças crônicas não transmissíveis como a obesidade, diabetes, hipertensão, AVC (acidente vascular cerebral), aterosclerose e dislipidemia. Atualmente, a obesidade é considerada a segunda maior causa de morte evitável na sociedade moderna. De acordo com dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares 2002-2003 do Brasil, 40,6% da população está acima do peso, com maior prevalência entre os indivíduos entre 50 e 70 anos de idade. O aumento da obesidade e o efeito sanfona assim como doenças crônicas associadas tem sido relacionado a um aumento na ingestão de calorias derivadas da escolha de dietas desequilibradas, ingestão de alimentos com alta densidade energética rica em gorduras e carboidratos, bem como um aumento progressivo nas porções de alimentos. Deve-se ressaltar que a maior ingestão de alimentos e de calorias por indivíduos obesos não está necessariamente associada ao consumo de alimentos que são fonte de micronutrientes. Em geral, há uma ingestão insuficiente de fontes de vitaminas e mineral, que, no longo prazo, pode aumentar o risco do desenvolvimento ou agravamento de distúrbios metabólicos. Sem a ingestão de vitaminas antioxidantes vindas de frutas, verduras, legumes e outros alimentos terá um problema agravante na saúde da população, entre elas, a obesidade, sobrepeso, obesidade abdominal, intra abdominal ou central e o agravamento do efeito sanfona na tentativa de resolver este problema de qualidade de vida que esta nos comprometendo.
Dr. João Santos Caio Jr.
Endocrinologia – Neuroendocrinologista
CRM 20611
Dra. Henriqueta V. Caio
Endocrinologista – Medicina Interna
CRM 28930
Como Saber Mais:
1. Antioxidantes são substâncias que, em altas concentrações, retardam ou minimizam a oxidação de substratos oxidáveis...
2. O que é transição nutricional. O que levou a isso...
3. A obesidade é considerada a segunda maior causa de morte evitável na sociedade moderna...
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Referências Bibliográficas:
Medeiros PM, Ciconelli RM, Chaves GV, Aquino L, Juzwiak CR, de Souza Genaro P, Ferraz MB. Antioxidant intake among Brazilian adults - The Brazilian Osteoporosis Study (BRAZOS): a cross-sectional study.Nutrition Journal 2011, 10:39 doi:10.1186/1475-2891-10-39.
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