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30 de maio de 2011

ENDOCRINOLOGIA – NEUROENDOCRINOLOGIA: OS TERMOS RECEPTORES DESIGNAM AS PROTEÍNAS QUE PERMITEM A INTERAÇÃO DE DETERMINADAS SUBSTÂNCIAS COM OS MECANISMOS DO METABOLISMO CELULAR.


EM GERAL RECEBEM ORDENS DE GLÂNDULAS PRECURSORAS QUE ESTÃO LOCALIZADAS EM GRANDE PARTE NO SISTEMA NERVOSO CENTRAL (CÉREBRO) E SUAS ATIVIDADES SÃO COMANDADAS PELO SISTEMA NEURO- ENDÓCRINO QUANDO SE TRATAR DE HORMÔNIOS OU SUBSTÂNCIAS QUE INTERFEREM NO METABOLISMO HUMANO.

Em citologia, o termo receptor designa as proteínas que permitem a interação ou interligação de determinadas substâncias com os mecanismos do metabolismo celular, com objetivo de mandar um comando para que os órgãos tomem algumas atitudes. Os receptores são proteínas ou glicoproteínas presentes na membrana plasmática (membrana que reveste as células), na membrana das organelas (pequenos órgãos dentro das células com funções específicas, por ex: mitocôndria que seria uma pequena usina elétrica dentro da célula) ou no citosol (líquido gelatinoso que está dentro das células) celulares, que unem especificamente outras substâncias químicas chamadas moléculas sinalizadoras (ou que trazem uma ordem a ser cumprida), como os hormônios e os neurotransmissores, transmitindo uma informação específica ou conjunto de informações.
A união de uma molécula sinalizadora aos seus receptores específicos desencadeia uma série de reações no interior das células (transdução de sinal), cujo resultado final depende não só do estímulo recebido, senão de muitos outros fatores, como o estado celular, a situação metabólica da célula, a presença de patógenos (situações irregulares dentro das células), o estado metabólico da célula, etc. Os receptores transmembrana são proteínas que se estendem por toda a espessura da membrana plasmática (ou de revestimento celular) da célula, com um extremo do receptor fora da célula (domínio extracelular) como um local externo onde o transportador tem que descarregar a encomenda e outro extremo do receptor dentro (domínio intracelular), que informará ao local que está esperando a informação, que tal encomenda chegou.
Quando o domínio extracelular reconhece um hormônio, a totalidade do receptor sofre uma mudança em sua conformação estrutural que afeta o domínio intracelular (começa a atividade da encomenda esperada ou recebida), conferindo-lhe uma nova ação. Neste caso, o hormônio não atravessa a membrana plasmática (de revestimento) para penetrar na célula. O importante da força do sinal transmitido pelo receptor é a concentração de complexos hormônio - receptores, que é definida pela afinidade que existe entre o hormônio com seu receptor (como se a encomenda fosse uma forma de energia específica), pela concentração do hormônio e pela concentração do receptor. A concentração de hormônio circulante é o ponto principal da força do sinal (quanto maior a potência, maior a eficiência, até um determinado limite programado geneticamente), sempre que os outros dois valores seriam constantes. Em reações rápidas, a produção de hormônios pelas células pode se armazenar na forma de pró - hormônios (matéria prima para se transformar em hormônios), e rapidamente se transformar e se liberar quando for necessário.
Também a célula pode modificar a sensibilidade do receptor, por exemplo, pela fosforilação (substância potencializadora de um hormônio, por exemplo). Também pela variação do número de receptores que podem modificar a força total de sinalização no interior da célula, (não adianta tomar uma tonelada de cálcio para não ter problemas nunca mais, pois existe a necessidade de aumentar o número de mãozinhas que captarão o cálcio, através de correção de receptores (mãozinhas) se estas estiverem irregulares). Os receptores nucleares (centro principal da célula) ou citoplasmáticos (substâncias gelatinosas que preenchem a célula) são proteínas solúveis localizadas no citoplasma ou no núcleo celular. O hormônio que passa através da membrana plasmática, normalmente por difusão passiva (passarão independente do local específico para entregar o comando trazido), alcança o receptor e inicia a cascata de sinais.
Os receptores nucleares são ativadores de transcrição ativados por ligantes (substâncias conectoras), que se transportam com o ligante ao hormônio, que passam através da membrana nuclear ao interior do núcleo celular e ativam a transcrição de certos genes e, portanto a produção de uma proteína (pois estas eram as ordens recebidas dos comandantes (glândulas no cérebro). Os ligantes típicos dos receptores nucleares são hormônios lipofílicos (ligados e com afinidades por determinados tipos de gorduras), como os hormônios esteróides, por exemplo, a testosterona, a progesterona e o cortisol, derivados da vitamina A e da vitamina D. 
Estes hormônios desempenham uma função muito importante na regulação do metabolismo, nas funções de muitos órgãos, no processo de desenvolvimento e crescimento dos organismos e na diferenciação celular. Tentamos explicar um sistema altamente complexo, de maneira simplista.

Dr. João Santos Caio Jr.
Endocrinologia – Neuroendocrinologista 
CRM 20611

Dra. Henriqueta V. Caio
Endocrinologista – Medicina Interna
CRM 28930

Como Saber Mais:
1.o termo receptor designa as proteínas que permitem a interação ou interligação de determinadas substâncias com os mecanismos do metabolismo celular...
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2.A concentração de hormônio circulante é o ponto principal da força do sinal (quanto maior a potência, maior a eficiência, até um determinado limite programado geneticamente)...
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3.Os ligantes típicos dos receptores nucleares são hormônios lipofílicos (ligados e com afinidades por determinados tipos de gorduras), como os hormônios esteróides, por exemplo, a testosterona, a progesterona e o cortisol, derivados da vitamina A e da vitamina D...
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Referências Bibliográficas:
Dr. João Santos Caio Jr – van der häägen Brasil, Dra Henriqueta Verlangieri Caio, – van der häägen Brasil, Melvin Calvin - Christian de Duve - Jacques Monod.



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